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MÃE É PRESA SUSPEITA DE TORTURAR A FILHA DE 4 ANOS, GRAVAR CRIMES E ENVIAR IMAGENS PARA O PAI.


Uma mãe foi presa nesta segunda-feira (19) suspeita de torturar a filha, de 4 anos, em Goiânia. As agressões eram gravadas por ela e enviadas para o pai da criança, que também foi preso, de acordo com a Polícia Civil (PC). Conforme as investigações, a menina era submetida a esganamento até o desmaio, ameaças com faca, agressões com tapas e panelas, corda no pescoço e xingamentos.

As investigações apontaram que a criança é fruto de um caso extraconjugal do homem. Dessa forma, a menina era torturada pela então amante do suspeito como forma de chantagem afetiva.

A PC informou que o vídeo mais antigo foi gravado em outubro de 2023, quando a criança tinha 3 anos. O registro mais recente é de algumas semanas atrás, mas só foi denunciado, de forma anônima, na última quinta-feira (15).

As cenas incluem ameaças com faca direcionadas à criança, acompanhadas de linguagem agressiva; agressões físicas, incluindo puxões de cabelo, tapas e uso de objetos domésticos, como panelas; abuso verbal, com xingamentos humilhantes e desumanos; simulação de enforcamento, em que a criança é colocada em uma estrutura de "forca" e pede socorro.

O delegado responsável pelo caso, Henrique Wilson, disse que durante o primeiro depoimento, os investigados permaneceram em silêncio. Mesmo com as provas do crime, a polícia não pôde prendê-los, pois, segundo o delegado, não havia sinais recentes de violência na criança.

É uma situação estarrecedora. Ao assistir os vídeos, a gente já identificou os autores e essa vítima, mas, naquele momento, não foi possível realizar a prisão dos envolvidos, uma vez que não havia situação em flagrante. Os vídeos já tinham acontecido há algum tempo e a criança já não tinha mais lesões. Mas foi representado pela prisão preventiva junto ao Poder Judiciário.

Assim que essa medida foi deferida, a DPCA [Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente] cumpriu e realizou a prisão desses dois autores", afirmou o delegado.

A mãe e pai da criança poderão responder por tortura e maus-tratos contra vulnerável, uma vez que foi apurado pela PC que o genitor tinha conhecimento do conteúdo dos vídeos e não adotou qualquer medida para proteger a vítima.

Segundo o delegado, logo quando a polícia soube do caso, na quinta-feira, o Conselho Tutelar foi acionado e retirou a menina da guarda da mulher, que atualmente está sob os cuidados de familiares. O caso segue sendo investigado.


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